Informações Gerais.
Sistema de Tanques-Rede
Também conhecidos como gaiolas, esse sistema refere-se a um tipo de unidade de criação feita de tela, geralmente nas formas retangular ou circular, aberta no topo e flutuando na superfície. A gaiola é mantida na superfície através do uso de flutuadores ajustados. Os tanques-rede são utilizados em locais onde é difícil o escoamento total da água e não se consegue controlar bem o ambiente de criação. Ex.: represas, lagoas e braços de rio.
Vantagens de se criar pescados em tanques-rede ou gaiolas:
- Os tanques-rede podem ser utilizados em diversos cursos d'água como remansos, grandes reservatórios públicos, lagos, canais de irrigação, etc.
- Devido à alta densidade de estocagem num pequeno espaço, fica facilitada a observação dos animais e uma intervenção imediata caso necessário.
- A despesca é mais simples e rápida.
- O investimento inicial é 30 a 40% do investimento de um sistema convencional em viveiros.
- O manejo é simples e de fácil entendimento. Pouca mão de obra é necessária visto que um homem sozinho pode cuidar de até 40 gaiolas.
Naturalmente têm-se certas desvantagens:
- A contribuição do alimento natural está totalmente fora da dieta dos peixes.
Isso quer dizer que o proprietário terá custos maiores com a aquisição de ração completa.
- Por causa da alta densidade os peixes estão mais susceptíveis a doenças e infecções e é mais sensível a diminuição do OD.
Instalações
A escolha do local para as instalações da aqüicultura é de fundamental importância. Bem como pode ser considerado o processo mais dinâmico juntamente com a definição do objetivo da cultura.
Os viveiros podem ter diversas finalidades, como reprodução, alevinagem, e engorda, mas, sem duvida sua construção trata se da etapa mais onerosa de todo o processo de implantação das culturas.
Escolha do Local
O local escolhido para construção dos viveiros deva atender a algumas exigências que viabilizem o empreendimento. O primeiro fator é o custo da terra e se esta poderia ser utilizada para outras atividades mais rentáveis. A qualidade e a quantidade água disponíveis para o projeto é outro fator determinante na escolha do local, levando-se em consideração, aspectos de avaliação quantitativa e qualitativa, como vazão para engorda em torno de 10 l/segundo/ha. Determinando o sistema de cultivo e as características físicas e químicas da água.
Os tanques podem ser de terra (escavados ou com levantamento de barragens) e de alvenaria. Devem apresentar condições próximas as naturais dos peixes. Nos tanques escavados as paredes devem apresentar inclinação de 45o e as bordas devem ser grossos para evitar desmoronamento.
Para o sistema semi-intensivo, os viveiros são semi-escavados na terra, seguindo-se uma boa compactação do fundo e dos tanques. Deve-se prever a limpeza superficial da área, com eliminação de tocos, pedras e camada vegetal, antes do estaqueamento para marcação dos viveiros.
Na criação intensiva os viveiros são escavados, dando-se preferência a solos com declive de até 5% (ótimo de 0,2 a 1,0%) não sendo aconselháveis terrenos com mais de 12% de declividade, pois se tornam necessárias medidas de segurança como curvas de nível, cordões verdes, etc., para evitar erosão e assoreamento.
No sistema superintensivo os tanques não devem exceder os 400 m2, podendo ser gaiolas flutuantes ou tanques de concreto.
Quanto ao tipo de solo, de modo geral, são preferenciais aqueles que não permitem infiltrações excessivas, ou seja, solo não permeável, para que não haja perda de água. Os solos excessivamente argilosos, não são ideais, devido ao encharcamento compactação e rachamento; podendo ser utilizados com restrições.
Derivação
A derivação das águas deverá ser do tipo individual e paralelo, ou seja, a água que entra em viveiro é posteriormente eliminada, sem que esta seja aproveitada em outro viveiro subseqüente.
Dimensões
O tamanho dos viveiros deverá ser calculado de acordo com a natureza de cada projeto, em função do sistema de cultivo e topografia do terreno. Viveiros de grande porte são recomendados para obtenção de bons resultados, os com áreas entre 1000 e 5000 m2 são os mais utilizados em projetos de natureza comercial. A forma retangular é a mais adequada para o manejo, na proporção máxima de 3:1 (comprimento: largura).
Profundidade
A contar da lâmina d'água até o fundo do viveiro, a profundidade deverá ser de 1,00m no ponto de abastecimento e declinar até 1,50m no ponto de drenagem.
Deve-se prever no mínimo 30 cm de porção emersa nos taludes.
Sistema de abastecimento
O transporte da água dos viveiros poderá ser efetuado por canalizações fechadas ou a céu aberto, através de canais escavados na terra, revestidos ou não com lonas plásticas ou, também, através de canais construídos em alvenaria.
Vertedouros
A água deverá abastecer os viveiros, na sua porção superficial, através de canos posicionados ao meio do talude, a uma altura mínima de 30 cm acima da lamina d'água. O controle da quantidade de água poderá ser efetuado através de registros de gaveta ou por caixas tipo comporta.
Sistema de drenagem
Comporta tipo monge
Construída em concreto ou alvenaria e instalada no meio da porção final do viveiro. Tal aparato irá contribuir para regular a altura d'água no viveiro, possibilitando a drenagem constante na porção inferior, sem prejudicar o nível de profundidade.
Para facilitar o manejo durante a drenagem total dos viveiros, deve-se construir um platô de drenagem (calçada de concreto com 7 cm de espessura instalada à frente do monge).
Canal de drenagem
O cano de descarga do monge deverá atravessar o talude na sua porção inferior, despejando a água da drenagem em um canal, que irá conduzi-la para um ponto de despejo em nível inferior dos viveiros, deverá ser escavado na terra e protegido, nos pontos de drenagem, por revestimento em concreto.
Preparo dos tanques
A correção e adubação dos viveiros devem atender as exigências e recomendações das análises.
Calagem
Operação promovida para corrigir a acidez do solo e água dos viveiros. Antecede a adubação e deve ser feita com o viveiro vazio. Eleva as reservas alcalinas favorecendo a produção de plânctons. Podem ser utilizados, para a calagem, a cal virgem, a cal hidratada ou o calcário agrícola. Também pode combater as plantas aquáticas daninhas, usadas como forma de expurgo dos tanques/viveiros.
Adubação
Sua finalidade é aumentar o desenvolvimento do plâncton.
Adubação química
Os mais recomendados são aqueles que visam corrigir as deficiências de fósforo e nitrogênio (elementos mais deficientes nas águas). Os mais usados são:
SS/S Triplo = 10 - 20 kg/ha/mês
S.A. = 10 - 15 kg/ha/mês
KCL = 5 - 10 kg/ha/mês
Adubação orgânica
É mais recomendada em função de sua maior disponibilidade e menor custo. As dosagens de aplicação variam de acordo com a espécie de peixe e tamanho. Espécies planctofagas necessitam de constante adubação para incentivar a produção de plâncton. Estercos curtidos além da função de adubação melhoram as propriedades físicas do solo. Para quando não se fornece rações, está se limitando naturalmente a quantidade de peixes que será produzida, mas por outro lado, está se reduzindo drasticamente os custos de produção, porém, isso não significa maior lucratividade.
Os estercos que podem ser utilizados são dejetos de outros animais, como por exemplo, esterco de gado, cavalo, suíno, ovelha ou até cama de frango.
As quantidades podem variar muito e fica muito difícil saber o quanto colocar, seria inviável fazer sempre análises de água ou do esterco utilizado, e teria que ser mesmo por uma técnica conhecida como tentativa e erro. Para facilitar ao produtor, vamos apresentar algumas estratégias de fertilização orgânica adotadas em piscicultura:
- bovino cavalo e ovelha --> 1000 kg por ha/semana
- frango, pato e suíno --> de 600 a 800 kg por ha/semana
Vale lembrar que esses dados são para criações onde não se alimentam os peixes, mas sim, produz-se fitoplâncton e zooplâncton para que eles se alimentem.
Manejo alimentar
Alimentação
É uma das principais variáveis para o sucesso de uma piscicultura e ou carcinicultura. Dependendo do sistema de cultivo a contribuição do alimento natural pode ser maior ou menor, mas além de poder ser veículo de doenças e deteriorar-se com rapidez não se tem controle de seu valor nutritivo.
A alimentação artificial deve ser feita para suprir todas as exigências nutricionais da espécie cultivada e varia de acordo com a espécie criada.
Necessidade alimentar
Para os camarões as maiores quantidades de alimento necessitadas são os compostos produtores de energia na forma de carboidratos, lipídeos e, em menor extensão, proteínas, vitaminas e sais minerais, elementos específicos de crescimento, são necessários em quantidades diárias mínimas.
Os peixes comem alimentos diferentes, segundo a espécie a ser considerada, por ser pecilotérmico, o peixe come mais à medida que a temperatura aumenta. Ainda não são conhecidas as necessidades nutricionais exatas dos peixes, mas, sabe-se que uma boa ração deverá conter proteínas (principal componente das células e tecidos), lipídeos (reserva de energia), aminoácidos essenciais (componentes da proteína), minerais (composição de escamas, ossos e carne) e vitaminas (facilitadoras da atividade metabólica e melhoram a nutrição do peixe).
Plano alimentar
É necessário elaborar um plano de alimentação que assegure um bom desenvolvimento com o menor custo possível e que controle o fornecimento adequado (em muitas ocasiões o alimento pode contribuir para o empobrecimento da qualidade do meio). A quantidade de alimento fornecida varia de acordo com o tamanho dos peixes e com a temperatura.
O alimento deve ser fornecido em intervalos regulares, nos mesmos horários (verificar oxigênio dissolvido) e mesmo local, para que seja criado um condicionamento.
Forma e fornecimento da ração
As rações podem ser produzidas em formas trituradas fareladas; granulada ou peletizada; pastosa e extrusada, sendo as duas últimas as que proporcionam melhores respostas produtivas.
Podemos também observar o hábito alimentar dos peixes, se ele é de fundo, meia água ou prefere viver na superfície, portanto, observar o tipo de ração a ser oferecida.
A temperatura da água também influencia no consumo, por exemplo, águas mais frias, menos quantidade de ração, e também o peso corpóreo dos animais e a espécie a ser criada influencia no número de arraçoamento diário.
As rações podem ser fornecidas através de cochos submersos, por meio da biomassa estocada ou alimentadores automáticos.
Cochos submersos
Permitem a dosagem exata de acordo com o consumo, mas, em contrapartida, promovem a diluição dos nutrientes pela água.
Biomassa estocada
Lançamento da ração sobre o viveiro, que é reajustada semanalmente conforme a variação de peso dos peixes, realizada por meio de uma amostragem do peso dos peixes estocados
Alimentadores automáticos
Existem os regulados por timer e os que funcionam acionados pelo próprio peixe, conforme sua fome, e fica instalado acima do viveiro. As taxas e a freqüência de alimentação dependem, dentre outras, da espécie, da temperatura da água e da quantidade de oxigênio dissolvido.
Engorda
Aquisição de alevinos
Os alevinos adquiridos devem ter qualidades genéticas e ausência de doenças.
O transporte dos alevinos deve ser feito seguindo as seguintes recomendações:
- Efetuados em dias não muito quentes;
- Estocagem de 50 gr. de peixe por litro de água;
- Usar sacos plásticos resistentes 90 X 40 cm com aproximadamente 5 litros de água e 15 litros de oxigênio.
Os peixes devem ficar em jejum de 24 horas antes do transporte. Além da qualidade e procedência dos alevinos, outro fator de grande importância na compra dos alevinos é o tamanho. Recomenda-se a compra de alevinos com 5 a 6 cm de comprimento, pois quanto menor o alevino menor resistência em relação à obtenção de alimentos, defesa contra predadores, resistência a mudanças climáticas e outras.
Deve-se proceder à soltura dos alevinos nos tanques obedecendo-se à igualdade de temperatura das águas do tanque e dos sacos transportadores, colocando estes embalados na água por um período de 15 minutos, suficientes para que as águas tenham temperaturas igualadas.
Controle de predadores
Deve-se controlar a entrada de água no viveiro. Pode ser feito com telas ou filtro de areia e britas para desinfecção do viveiro, deve ser esvaziado regularmente com tratamento de cal virgem ou hidratada.
Existem também tratamentos químicos de desinfecção para eliminação de peixes e alevinos indesejáveis.
Controle da criação
Para um eficiente controle da criação de peixes, é necessário acompanhar diariamente parâmetros que influem diretamente no desenvolvimento da cultura como temperatura, oxigênio dissolvido, sólidos em suspensão, consumo de ração, taxas de fertilização e conversão alimentar medida através de amostragem da biometria dos peixes.
Pré engorda de alevinos
Técnica que permite melhor controle das condições de manejo e crescimento dos peixes. Faz-se em tanques de 200 a 1000 m2. Soltam-se os alevinos em densidade inferior a 12 alevinos por metro quadrado de viveiros (permite controlar melhor a alimentação). Os viveiros devem ser cheios somente alguns dias antes da chegada dos alevinos. A engorda varia de 60 a 90 dias e os peixes são retirados com 50 - 70 g de peso.
A engorda
Estágio em que o peixe deverá converter todo seu potencial genético em forma de crescimento. Irão competir por alimento, e oxigênio e se defrontará com problemas como a liberação de amônia e outros dejetos na água (por isso é que há a necessidade de renovação de água no viveiro).
Na engorda deve-se dimensionar a densidade populacional e a produtividade esperada. O manejo deve obedecer aos índices adequados de oxigenação, nitritos e amônia dos viveiros que dependem das condições naturais de cada profundidade, da alimentação fornecida e da capacidade e quantidade do manancial de abastecimento.
O cálculo do fornecimento de ração deve obedecer a amostragens quinzenais ou semanais do peso médio dos peixes.
Alguns aspectos devem ser observados para fazer com que seus peixes cresçam com maior velocidade, então, prestas atenção em alguns fatores, como por exemplo:
- densidade de estoque adequada;
- alimentação de boa qualidade e quantidade correta;
- temperatura adequada da água do viveiro;
- boa qualidade de água;
- bom sistema de prevenção de doenças;
- boa genética dos animais.
Povoamento dos tanques
Dentre as muitas espécies existentes, na hora de se escolher que peixe criar alguns fatores como sistema de criação e região da piscicultura devem ser levados em conta. Deve-se fazer uma análise biológica e outra econômica antes de se iniciar um projeto novo. Destacamos mais alguns aspectos que devem ser considerados na escolha da espécie a ser criada:
A espécie deve ser facilmente propagáveis, natural ou artificialmente, isto é, poder produzir anualmente um grande número de alevinos.
A espécie deve tolerar as condições máximas e mínimas do ambiente;
A espécie deve ser de crescimento rápido e ter poder de conversão alimentar;
Os alevinos devem estar disponíveis o ano todo, ou na maior parte do ano, com garantia de entrega de no mínimo para os próximos 5 anos;
O alimento requerido deve estar disponível com custo compatível ao do empreendimento;
A espécie deve ter aceitação no mercado com preço competitivo;
Deve ser uma espécie com resistência ao manejo de rotina e a enfermidades mais comuns;
Espécies cultivadas
Carpas (Ciprynos carpia)
As mais cultivadas são as húngaras, que são espécies melhoradas das Carpas escama e espelho. Destacam-se as chinesas: Capim, Prateada e a Cabeça grande.
É peixe de fundo (exceto as chinesas) e de águas lênticas. Sua maturidade sexual se dá entre 8 e 12 meses. Seu ganho de peso está em torno de 1 a 1,2 Kg/ano.
São os peixes que melhor toleram as diferentes amplitudes climáticas.
Bagre Africano (Clarias lazarea)
Peixe de couro de origem africana. É extremamente resistente e chega a ganhar uma média de 2,5 kg/ano. Vem se popularizando em viveiros pôr resistir a baixos níveis de oxigenação na água, pois pode sobreviver e deslocar-se, ficando fora da água pôr longos períodos respirando ar atmosférico através de pseudo-pulmões. Hábito alimentar carnívoro, mas aceita bem o arraçoamento. Tem carne avermelhada e com pouca gordura, com bom rendimento de filé.
Atinge a maturidade sexual com nove meses de idade, mas sua reprodução tem que ser induzida.
Curimbatá (Prochilodus scrofa)
Também chamado de curimba, corumbatá, grumatá, curimatá, é um peixe muito conhecido do Rio Grande do Sul até o Nordeste do país. Um peixe de fundo que cresce melhor em viveiros grandes podendo atingir até 800 gramas no primeiro ano. Tem hábito alimentar iliófago, isto é uma espécie de fundo de tanque. No policultivo, onde é utilizada como espécie secundária, sua função é remover o lodo, liberando os gases tóxicos e colocando a matéria orgânica em suspensão, o que ajuda a adubar os tanques. Sua vantagem de cultivo é o uso de pouca ração.
Pacu (Piaractus mesopotamicus)
Peixe rústico, precoce e de carne excelente. Chega a ganhar 1,5 kg/ano.
Hábito alimentar onívoro. Vive bem em temperaturas elevadas acima de 25°C.
Não suporta mudanças bruscas de temperaturas (3 a 4ºC).
Piauçu (Leporinus piau) e piapara (Leporinus piapara)
Recém introduzidos em criatórios. São peixes esportivos. Ganho de peso satisfatório, cerca de 800 Kg/ano.
Tambaqui
Hábito alimentar onívoro. Rústico e de excelente carne, apresenta bom crescimento e não suporta frio.
Tambacú
Resultado do cruzamento da fêmea do Tambaqui com o macho do Pacu.
Animal rústico que visa reunir as características de maior resistência ao frio do Pacu com a excelente qualidade da carne e bom crescimento do Tambaqui.
Tilápia do Nilo
Entre as várias espécies existentes, esta é a mais utilizada para o cultivo, pôr apresentar um melhor desempenho, principalmente os machos. É um peixe africano muito rústico e com carne saborosa. Possui hábito alimentar planctófago e detritívoro, alimentando-se, em primeiro lugar, do plâncton e em menor proporção de detritos orgânicos, aceita bem rações artificiais. Atinge cerca de 800 gramas a 1.000 gramas no período de seis a oito meses de cultivo.
É também utilizado como peixe forrageiro, servindo de alimento na criação de peixes carnívoros. A maior restrição ao seu cultivo é sua reprodução precoce, a partir de quatro meses de idade, o que gera o superpovoamento de tanques.
Este problema pode ser contornado com a utilização apenas de alevinos machos, sexuados manualmente ou revertidos através de hormônios sexuais, que são facilmente encontrados em vários fornecedores de alevinos. Para engorda devem-se escolher as Tilápias revertidas sexualmente, pois o macho apresenta o dobro da fêmea. Cresce até 1,5 kg/ano e pode chegar a 6 Kg de peso. Carne boa para filé.
Manejo sanitário
A sanidade dos peixes em cultivo deve ser trabalhada preventivamente, pois grande parte das doenças, depois de instalada no criatório, é de difícil controle.
Os dois maiores problemas com doenças em peixes referem se a temperatura e stress.
Argulose (argulos japonicum) piolho de peixe
São copepodos achatados que medem de 3 a 8 mm. Uma infestação forte geralmente é fatal. Controle feito com organo-fosforados a cada 24 horas.
Costíase (costia necatrix)
Doença de véu ataca na maioria das vezes alevinos com crescimento retardado. Sintomas: cobertura tipo véu nas nadadeiras, pele e brânquias, muco nas guelras. Tratamento: solução de 25% de NaCl durante 15 a 20 minutos ou formol em 1:5000 (20 ml de formol a 40% por 100 ml de água) durante 45 minutos.
Girodactilose (gyrodactylidae)
Parasitose que tornam os peixes com cor pálida, corpo coberto por muco e nadadeiras quebradiças. A mortandade entre alevinos e juvenis pode ser alta.
Controle: Formalina a 0,1% ou Mebenda zole.
Ictioftiríase (Ichthyophthirius multifiliis)
Parasitose de difícil controle capaz de infestar diversas espécies de peixes.
Sintomas: Pontos brancos espalhados pela pele. Controle: Verde de malaquita a 0,1 mg/litro durante 24 horas, repetindo-se com freqüência.
Saprolegniose
Afeta peixes de todas as idades. Pode ser causada pelo excesso de matéria orgânica. Sintoma: massa esbranquiçada cobrindo parcialmente o corpo do peixe. Controle: banho com azul de metileno ou verde de malaquita a 1,0 mg/litro/24 horas.